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Programa de treino da escola

Programa de treino da Escola

  • Qigong  desenrolar o fio da seda 纏絲功 (Chansigong)

  • Qigong da estaca  em pé 站樁功 (Zhang Zuang Gong)

  • 

  • Tuishou 推手 (Mãos coladas)

  • Sanshou 散手 (Mãos livres)

 

Estudo e treino de Qigong 氣功







  • Qigong dos Três Dantien

  • Qigong do Estiramento do Meridianos

  • Qigong  da Abertura dos Kua (Os Deuses Jogam nas Nuvens)

  • Qigong da transformação dos músculos e tendões, 易筋經 Yie Jin Jing

  • Qigong dos cinco animais, 五禽戲, Wu Qin Xi

  • Qigong dos seis sons  terapeuticos, Liu Zi Jue

  • Qigong da lavagem e purificação da medula, Shi Shu Jing

  • Técnicas de respiração e meditação

 

 

 

Estudo e treino das formas (Tao lu):

  •  19 movimentos

  •  Lao Jia Yi Lu

  •  Espada 

  •  Laojia Er Lu

  •  Sabre 

  •  38 movimentos

  •  Xinjia Yi Lu

  •  Xinjia Er Lu



 





O Taijiquan

 

Relaxa o corpo e a mente, equilibra as emoções, aumenta a memória, auxilia a digestão, regula o sistema nervoso, fortalece o coração flexibiliza as articulações, fortalece os ossos, músculos e tendões, rejuvenesce a pele...

 

Os seus movimentos circulares e em espiral, concomitantes com a respiração podem ser executados por pessoas de qualquer idade promovendo a longevidade e a ligação entre o individuo e o todo.

 

Qi Gong


O Qi Gong é uma técnica milenar, de origem chinesa, que se baseia na consciência do movimento energético do corpo, através de exercícios suaves e de baixo impacto, associados ao movimento respiratório lento e contínuo. Por seus resultados, tem sido empregue em vários países como uma forma de prevenir, e até curar, diversas doenças da sociedade moderna, por vezes causadas pela alteração dos movimentos naturais do Ser Humano (hábitos alimentares inadequados, esforço mental excessivo, sono irregular, falta de atividades físicas, etc).
Fundamento de várias outras artes orientais, como o Tai Chi Chuan, é praticado por mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo. Possibilita a percepção dos fundamentos da filosofia oriental, que se baseiam na harmonia com as leis da Natureza, melhorando a qualidade de vida e retardando o envelhecimento, tornando o corpo mais forte e saudável e a mente lúcida e activa.

118 anos, Grande Mestre Lu Zijian

SISTEMA IMUNOLÓGICO E QI GONG - 免疫系统

O texto a seguir foi escrito por Malik Lawrence, formado em Acupuntura pela Universidade de Nanjing, China. Uma breve biografia do autor pode ser conferida em http://www.carrboroacupuncture.com/bio.shtml :

"Ao longo dos anos, à medida que eu lia sobre os muitos benfícios do ch'i kung (qigong) e do T'ai Chi Ch'uan (Taijiquan) para a saúde, fiquei fascinado pelos relatos sobre aumento de produção de leucócitos, estabilização da pressão sanguinea, melhora do funcionamento imunológico etc. Para mim não se tratava de saber se isso era verdade, mas antes como isso acontece.

Encontrei muito material que descrevia os efeitos energéticos do ch'i kung do ponto de vista tradicional. Mas encontrar informação sobre o processo fisiológico - a saber, sobre como isso realmente acontece - foi mais dificil.

Durante meus estudos de anatomia e fisiologia, enquanto eu frequentava a escola de massagem, pude adquirir algum conhecimento sobre como os efeitos do ch'i kung beneficiam o sistema imunológico. Desde então investiguei mais a fundo esta relação, através do estudo da teoria da anatomia e fisiologia e da prática do ch'i kung. O que segue são algumas das descobertas que fiz até agora e que eu gostaria de compartilhar.

O sistema imunológico não é necessariamente um verdadeiro sistema, mas é antes uma função ou resposta. Esta resposta é a ação de células como os fagócitos e as células destruidoras, como também de substâncias como interferons e anticorpos. Estas células vivem no sangue e no fluido linfático e são conhecidas como leucócitos, ou células brancas do sangue, e outras são conhecidas como linfócitos, ou células linfáticas.

Tanto os leucócitos como os linfócitos migram para o tecido circundante, como parte sua função imunológica. Estas células trabalham conjuntamente para defender a integridade de nosso corpo. Esta ação consiste num interrelacionamento bem acabado e organizado, pelo qual elas identificam, ingerem, destroem e eliminam os organismos causadores das doenças.

Outra função imunológica é a remoção de células danificadas, mortas e irregulares, como as cancerosas. A resposta imunológica muitas vezes é descrita como uma ação militar, com primeira e segunda linha de defesa e céluldas que destroem e matam. Mas a imagem que me foi passada pelo professor de anatomia é a de um jardim orgânico. Vejo isso como um ambiente natural onde cada coisa tem seu lugar e finalidade. Onde vida e morte estão em constante intercâmbio. E onde a atividade de procurar o equilíbrio ou homeostase é um processo ativo e contínuo.

As células imunológicas são produzidas no tecido linfático e na medula vermelha dos ossos. Em seguida as células são armazenadas nos órgãos linfáticos e no sangue. E, para cumprirem suas funções de limpar e proteger, é preciso fazê-las circular por todo o corpo. É principalmente esta função de circulação que vamos examinar aqui.

Em primeiro lugar, vejamos o sistema vascular. Quando o sangue corre pelo sistema vascular, acaba chegando à rede capilar. Estas "redes" são redes de vasos minúsculos com paredes permeáveis. Estas redes capilares estão situadas em concentrações variadas por todos os órgãos e tecidos de nosso corpo. Aqui a porção líquida do sangue vasa para o tecido circundante. Este líquido é basicamente o plasma sangüíneo e está cheio de céluldas de vários tipos, inclusive células imunológicas.

Este líquido perpassa os tecidos, levando nutrientes para as células e carregando embora os resíduos. Em seguida este fluido é levado de volta para os vasos sanguíneos no lado venoso e carregado para os órgãos de filtração, onde os resíduos são filtrados. Nem todo este fluido é devolvido imediatamente ao sangue. Boa parte dele permanece no tecido e é chamado fluido intercelular. Este é um ponto importante. Este fluido ocupa os microscópicos espaços entre as células.

Entrelaçados com as redes capilares estão os vasos capilares linfáticos, que fazem parte do sistema linfático. Parte do fluido intercelular é levado para estes vasos capilares linfáticos. Este se torna então fluido linfático. Portanto, a porção fluida do sangue (plasma), o fluido intercelular e o fluido linfático são basicamente a mesma substância. As características distintivas se referem ao lugar do corpo onde este fluidos estão situados.

O sistema linfático compreende a rede de vasos capilares e os vasos que transportam o fluido linfático através dos nós linfáticos e dos órgãos linfáticos do baço, amígdalas e glândula vascular (timo). Quando o fluido linfático passa por este sistema, ele é filtrado, purificado das impurezas e abastecido com novos linfócitos (células linfáticas). Por fim a linfa é devolvida aos sangue tornando-se plasma novamente.

Podemos ver que existe uma relação muito estreita entre linfa e sistemas circulatórios. A "resposta imunológica" é a complexa interação entre as céluldas destruidoras de patogenias e que vivem no sangue, a linfa e o fluido intercelular. Em concentrações variadas, este fluido existe praticamente em todo o nosso corpo, desde logo abaixo da pele até a medula dos ossos, onde se formam as células imunológicas.

O tecido conectivo também desempenha seu papel na função imunológica. O tecido conectivo é o tecido mais abundante no corpo. É um tecido que liga e sustenta, que tem um rico suprimento de sangue e contém um considerável espaço intercelular. Fáscias, ossos e ligamentos são todos tecidos conectivos. Pode-se dizer que este grupo de tecidos é feito da mesma substância básica ou "matriz" na qual são infundidos diferentes elementos.

Quando esta matriz recebe infusão de cálcio, torna-se osso; quando recebe infusão de fibras densas, torna-se tendão;quando recebe infusão de fibras soltas e flexíveis, torna-se fáscia. Este tecido envolve todos os órgãos e tecidos.

Cada célula muscular é envolvida em fáscias, em seguida as céluldas musculares são amarradas por fáscias em feixes, e estes feixes são amarrados em grupos tornando-se "músculos". A fáscia que envolve os músculos estende-se para além das células musculares, onde se torna tendão e liga os músculos aos ossos. De forma semelhante são envolvidos e mantidos no lugar os órgãos. A fáscia une os órgãos aos tecidos circundantes que incluem ossos, músculos, ligamentos e outros órgãos.

Há uma continuidade no tecido, algo que nasce do osso, envolve o osso, liga um osso a outro (ligamentos e cápsulas articulares), liga o osso ao músculo (tendão), e percorre e envolve o músculo (fáscia), ligando a outra extremidade do músculo ao osso. Um aspecto importante do tecido conectivo é que ele é contínuo através de todo o corpo. Lembremos que este tecido contém também um grande espaço intercelular e por isso contém grandes quantidades de fluido intercelular. Isso significa que uma célula móvel, como por exemplo a célula imunológica, pode percorrer todo o corpo dentro do tecido conectivo.

O tecido conectivo é também importante dentro da estrutura dos órgãos. O tecido conectivo penetra e envolve completamente as células e tecidos, ligando-os entre si, ajudando-os a manter sua forma, e ancorando-os nas estruturas circundantes.

Para um elementos patógeno (organismo causador de doença) causa efeito sobre o corpo, precisa entrar naquilo que chamamos de meio ambiente interno. Isso significa que o elemento patógeno deve penetrar na camada protetora das céluldas. Est camada protetora é a pele no lado externo e as membranas mucosas que moldam as cavidades de nosso corpo no lado interno. Por sua vez, quando o alimento é engolido e desce para a região gastro-intestinal, somente aquilo que é assimilado penetra no meio ambiente interno. O órgão digestivo é visto como um tudo que atravessa o nosso corpo, e não é considerado o meio ambiente interno.

O mesmo acontece com os pulmões. Quando inspiramos, parte do ar é assimilada e o resto é exalado junto com os resíduos de gases. Este meio ambiente interno é o sangue ou as céluldas individuais ou o tecido conectivo. Embora se possa absorver alguns elementos patógenos, se nossas camadas protetoras forem sadias, temos maior probabilidade de ficarmos livres de doenças.

A proteção de nosso meio ambiente interno é o que os chineses chamam de wie ch'i ou energia protetora. Uma célula sanguinea branca conhecida como "macrófago" desempenha um papel importante neste processo. Os macrófagos estão presente na maioria dos tecidos; alguns estão fixos dentro do tecido hospedeiro e outros ficam perambulando. Grande número de macrófagos ambulantes percorrem o corpo e estão presentes especialmente no tecido conectivo. A função dos macrófagos é "limpar" o tecido. E eles fazem isso ingerindo elementos patógenos, tecido morto e outros "refugos". É o wie ch'i protetor em ação.

Quando um elemento patógeno penetra em nosso meio ambiente interno - que pode ser qualquer um dos órgãos, tecidos ou células - os macrófagos mais próximos são os primeiros a atuar sobre o intruso. Se isso não basta, chama-se mais ajuda e isso desencadeia um processo que traz mais sangue para a área. Isso traz mais fluido, que contém mais células imunológicas. As células imunológicas procuram derrotar e ingerir os intrusos. As células que realizaram essa tarefa são então devolvidas ao sangue e à linfa para serem filtradas, purificadas e eliminadas.

O processo continua até que todos os elementos patógenos estejam sob controle. Isso é facilitado pelo aumento de fluxo de sangue para a área. O aumento de fluido entumesce o tecido, o que traz também mais atividade celular à área. O aumento de sangue e metabolismo celular aumenta a temperatura local. É o calor, vermelhidão e inchaço que produzem inflamação. E o aumento da circulação é também importante para reparar o tecido danificado.

Já que existe tanto fluido intercelular - repleto de céluldas imunológicas - no tecido conectivo e a ação das céluldas imunológicas acontece principalmente no tecido de ligação, fica claro como o tecido conectivo é importante.

De posse destas informações, podemos ver como a saúde do tecido como um todo é muito importante para o adequado funcionamento da resposta imunológica. Tensão crônica e raio restrito de movimento são sinais de tecido contraído. A contração no tecido restringe o fluxo de sangue, de fluido intercelular e de células como os macrófagos, dentro do tecido. O tecido conectivo se parece com gel e tende a solidificar-se pela falta de movimento. Quando o tecido conectivo se solidifica, fica desidratado e pode manter a contração no lugar.

Isto nos leva àquilo que, em minha opinião, é um ponto muito importante. A contração crônica tem um efeito direto e profundo sobre o movimento do sangue, da linfa e do fluido intersticial. A contração comprime vasos, reduzindo o volume de fluido que pode fluir através deles.

Com a falta de movimento, o tecido conectivo enrijece. Isso restinge o fluxo de fluido através dos espaços intercelulares, o que, por sua vez, diminui o metabolismo das células locais. As céluldas ficam mal nutridas e/ou tóxicas. Quando isto acontece nos tecidos musculares, os músculos ficam doloridos e inflamados. Quando isto acontece nos órgãos, seu funcionamento diminui. à medida que este ciclo se intensifica, podem manifestar-se situações como dor crônica, cansaço e várias patologias orgânicas. É assim que stress e tensão podem, a longo prazo, causar doença.

Quando este processo se manifesta numa região maior, por exemplo, no abdômen, pode-se acabar tendo diversos órgãos lentamente esgotados. Por fim, o órgão mais fraco desenvolve alguma forma de disfunção ou doença. Se apenas o órgão mais em evidência - ou mais fraco - é tratado, isso permite que toda a situação de fundo reaflore novamente. Por isso se torna importante o enfoque holístico.

FINALMENTE! OS BENEFÍCIOS DO QI GONG

É aqui qu entram os benefícios do ch'i kung. O movimento gera calor e o calor amacia o tecido de ligação. Os movimentos suaves e fluentes do ch'i lung massageiam suavemente o tecido, e isso estimula o fluxo do fluido intercelular através dos tecidos e órgãos. À medida que o tecido de ligação fica macio, isso ajuda a relaxar a contração. Isso deslancha um processo positivo de feedback. À medida que tecido fica macio, entra mais fluido, e à medida que entra mais fluido, o tecido fica ainda mais macio.

A teoria chinesa fala de "ch'i e sangue". Eu entendo como "energia e sangue". "Onde há sangue, há também Chi" - é outro lema da medicina chinesa. Para mim, este fluido que existe por todos os tecidos de nosso corpo é um dos principais lugares onde mora nossa energia vital, o ch'i. A contração do tecido bloqueia este fluxo de fluido e energia, ou seja, "bloqueia a energia". Dissolver estes bloqueios em nosso corpo produz um impacto direto e profundo em todo o nosso ser.

Nas minhas aulas comunico estes conceitos através daquilo que eu chamo de "princípio do corpo suave". Focalizando a suavidade, meu trabalho consiste em abrir a "onda da respiração" e tornar o corpo suave. A onda da respiração é por assim dizer a dinâmica hidráulica que propulsiona a respiração. Através da relação direta e indireta entre os vários tecidos, todo o sistema muscular-esqueletal participa na respiração.

E através da oxigenação do sangue todo o corpo é afetado. Para que este oxigênio e outros componentes fluidos alcancem todas as partes de nosso corpo, nossos tecidos devem ser elásticos e suaves. A elasticidade do tecido é necessária também para liberar a onda da respiração.

Existe aqui, portanto, uma relação recíproca, em que o tecido permite abrir a onda da respiração e a respiração alimenta o tecido. A respiração relaxada e profunda reforça também o fluxo do fluido linfático. Os movimentos suaves, relaxados e repetitivos do Ch'i kung são particularmente eficazes para conseguir isso.

Movimento relaxado é movimento feito como o mínimo de contração. À medida que se consegue deixar que este processo se manifeste ao longo do tempo, pode-se desenvolver um senso de deixar-correr que penetra cada vez mais fundo no corpo. Este deixar-correr profundo permite uma respiração mais livre e uma alimentação mais eficaz dos tecidos profundos. É por isso que tempo e repetição são tão importantes para a prática do Ch'i Kung. À medida que alguém se torna mais suave, ele é capaz de fazer mais movimento com menos contração, o que aumenta o movimento fluido dentro de todo o corpo e aumenta a elasticidade dos tecidos.

Praticar com movimentos mais rápidos e posturas mais abaixadas, quando feito dentro dos princípios do corpo suave, é um meio de "impulsionar" o processo. É importante que isso seja feito de uma forma que estimule o tecido a tornar-se mais suave e fludo e não de forma que o tecido fique mais teso e duro.

Aprender a controlar a própria capacidade de permanecer dentro destes princípios é muito importante para aumentar a própria compreensão e melhorar a eficácia da prática. A sensação de calor a percorrer o corpo é o principal indicador de que se está conseguindo isso. A energia que enche o corpo manifesta-se à medida que o fluido intercelular flui através dos tecidos.

Isso produz o que eu chamo de "estimular o sistema de drenagem da linfa", um processo que acontece quando movimentos suaves e fluentes, combinados com respiração aberta, "estimulam" o fluido intercelular a percorrer todo o corpo. Este processo de estimular o tecido é uma sensação bem real e física. E para que isso aconteça, é importante que o corpo esteja relaxado e aberto.

Já que é o sangue e o fluido intercelular que alimentam os tecidos e órgãos, inclusive o coração, pode-se ver como a tensão pode prejudicar a saúde. Com o fluido intercelular percorrendo profundamente o corpo, são estimulados os órgãos produtores de linfócitos.

Havendo mais células imunológicas sadias - como também oxigênio e outros nutrientes - percorrendo livremente todo o corpo, nossos órgãos ficam alimentados e limpos.

Muitas disfunções e doenças dos órgãos vem acompanhadas de inflamação e/ou deterioração do tecido. Assim fica mais claro como o Ch'i Kung e o Tai Chi podem afetar fisiologicamente essas situações mediante aumento da produção de linfócitos e melhoramento da circulação.

Quando nossa resposta imunológica como um todo está funcionando otimamente, isso tem um amplo efeito geral sobre a nossa saúde. No caso de uma lesão recente, este processo de estimular o fluxo dos fluidos através dos tecidos pode também ajudar a reduzir a inflamação, que, se não tratada, pode transformar-se numa espécie de estagnação.

Os exercícios que considero mais benéficos para desenvolver esta suave e fluida energia corporal são aqueles que mais se prestam ao ritmo e à repetição. Para sentir isso, sintonize primeiro seu ritmo ou "pulso" energético básico. Isso se faz procurando sentir o movimento da respiração enquanto você relaxa o corpo. Deixe a inalação expandir suavemente seu corpo e, ao exalar, simplesmente deixe a expansão soltar-se. Deixe o movimento natural da respiração criar o ritmo, que você segue com todo seu corpo. Inalando e expandindo, exalando e soltando.

Este pulsar da onda da respiração pode ser levado em seguida para o movimento, levantando os braços ao inalar. E, quando você exala, deixe os braços descerem, e abaixe numa suave postura de sentar. Este é o movimento de abertura da forma de T'ai Chi da família Yang. Outros movimentos, como o do enrolar da seda da família Chen, são também muito eficazes neste ponto. O importante é a repetição ao longo do tempo e a prática regular.

Descobri que os movimentos mais simples e suaves são os mais benéficos para desenvolver sensação de suavidade e o fluxo do fluido no corpo. É porque estes movimentos básicos permitem que a consciência da pessoa se volte mais para o interior e se concentre.

No começo, o simples voltar a atenção para estas sensações basta para efetuar a mudança. À medida que a consciência deste processo interno fica mais refinada, podemos sintonizar melhor nossa atenção e interesse. No nível físico, à medida que o corpo fica mais acostumado ao exercício, pode-se abaixar mais a postura. Isso aumenta a sensação dee compressão dentro do tecido. Aumentando a compressão, ae ao mesmo tempo permanecendo relaxado, produ-ze o efeito fisiológico de atuar mais profundamente sobre o tecido.

A fim de estimular o sistema de drenagem da linfa é muito importante atuar dentro de um raio que permita manter relaxado o corpo e aberta a onda da respiração. Este é também o critério para estimular o fluxo do ch'i, o que é essencialmente a mesma coisa. Considero o movimento dos fluidos do nosso corpo, e em particular o fluido intersticial, como a expressão física do fluxo do ch'i ou energia.

Reconheço que neste artigo não fiz muita menção da importância da consciência mental ou estado meditativo. Minha intenção foi apresentar, na medida do possível, um quadro claro de como o ch'i kung afeta a resposta imunológica. O processo de relaxamento mental e a conexão entre sistema nervoso simpático e parassimpático é um tema igualmente fascinante! E realmente merece um artigo à parte.

Quanto a mim, esta compreensão das dimensões fisiológicas do ch'i kung e particularmente a relação com a função imunológica, mudou profundamente minha experiência e minha prática. Espero que este artigo inspire também outros a encontrarem novas perspectivas para sua prática."

MALIK LAWRENCE - UNIVERSIDADE DE NANJING, CHINA

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